A
primavera começou oficialmente hoje (23), às 5h21, e a estação será de chuvas
atípicas em quase todo o país. Segundo o meteorologista do Instituto Nacional
de Meteorologia (Inmet), Mozar Salvador, no próximo trimestre, de outubro a
dezembro, o Brasil estará praticamente dividido em duas grandes áreas: uma terá
chuva acima da média e outra, abaixo.
As
temperaturas também serão proporcionais às chuvas. “Nas regiões onde a
probabilidade de chuva ficar abaixo da média a tendência é que as temperaturas
fiquem mais altas. E, em dias de chuva, a temperatura máxima tende a diminuir
um pouco”, explica.
O
meteorologista diz que o fenômeno do El Niño já está em curso há alguns meses e
que seus efeitos são notadamente registrados em todo o país, com chuvas acima
da média no Sul e Norte e seca no Nordeste. A próxima estação deve seguir essa
tendência.
Na
região Sul e na parte sul das regiões Sudeste e Centro-Oeste, como áreas dos
estados de São Paulo e Mato Grosso do Sul, a probabilidade é que as chuvas
fiquem acima da média. “Estamos vendo que, desde o início de setembro, esse
perfil tem seguido o padrão previsto, com muitas chuvas no Sul e chuvas
regulares em áreas do Sudeste”, acrescenta.
Já
nas regiões Norte e Nordeste e a parte norte do Sudeste e Centro-Oeste, como o
estado de Goiás, o Distrito Federal e o norte de Minas Gerais, a probabilidade
é que as chuvas fiquem abaixo da média.
Segundo o Observatório
Nacional, o início da primavera é quando ocorre o segundo equinócio do ano:
quando o dia e a noite têm a mesma duração. O primeiro equinócio ocorreu no
início do outono, em 20 de março.
As estações do ano são
decorrentes da inclinação do eixo da Terra em relação ao Sol. Em setembro, o
Sol chega à linha do Equador, indo de Norte para Sul – o que marca o equinócio
de primavera no Hemisfério Sul e de outono no Hemisfério Norte.
A partir daí, segundo o Observatório,
os dias ficarão cada vez longos e as noites cada vez mais curtas, até a entrada
do verão, no dia 22 de dezembro, quando ocorre o solstício de verão, com o
maior dia e a menor noite do ano. Os dias, então, vão ficando cada vez menores
até que no equinócio do outono novamente o dia e a noite têm a mesma duração.
Depois, os dias continuam ficando mais curtas e as noites mais longas até que,
no solstício de inverno, é registrado o menor dia e a maior noite do ano.
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